O Grupo CCR opera onze concessões de rodovias, por meio de cada uma de suas concessionárias, cujos prazos variam de 2022 a 2047. Em cada concessão, o Grupo CCR é responsável pela restauração, reconstrução, modernização, monitoramento, melhoria, manutenção, conservação e operação das rodovias correspondentes. Ainda, o Grupo CCR é operador da concessão das linhas amarela e lilás do metrô de São Paulo, da concessão das Barcas e do VLT no Rio de Janeiro, metrô de Salvador e das concessões dos aeroportos de Quito, no Equador, San José, na Costa Rica, Curaçao, em Curaçao e BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.
As Concessões_01
A CCR venceu o leilão de concessão da Rodovia Presidente Dutra, ou concessão Via Dutra, em 1995. Ela representou 13,1% da receita operacional bruta em 2019. A estrada cobre o trecho de 402 quilômetros da Via Dutra (BR-116).
A Via Dutra é o principal corredor entre as duas regiões metropolitanas mais importantes do Brasil, no estado do Rio de Janeiro (abrangendo os municípios de Resende, Volta Redonda e Barra Mansa) e no estado de São Paulo (abrangendo os municípios de São José dos Campos, Taubaté e Jacareí).
A rodovia também cruza regiões agrícolas e o trecho montanhoso conhecido como Serra das Araras. É uma rodovia interestadual com trechos urbanos, normalmente dividida entre duas faixas em cada direção, com acostamentos. Em alguns trechos, o acostamento foi transformado em uma terceira faixa para caminhões de marcha lenta ou em faixas de aceleração e desaceleração. Nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, há estradas de serviço separadas da rodovia principal para o fluxo do tráfego urbano, que é mais lento.
A Via Dutra tem seis praças de pedágio, quatro postos de pesagem, dois centros de controle operacional e onze bases de apoio ao usuário. A CCR detém a concessão da NovaDutra pelo período de 25 anos, até fevereiro de 2021, conforme outorga do governo federal, representado pela ANTT.
O sistema Anhanguera-Bandeirantes, ou concessão da AutoBAn, cujo leilão foi vencido pela CCR em 1998, representou 20,7% da receita operacional bruta em 2019. A estrada representa a maior rodovia sob concessão em termos de receita no estado de São Paulo e no Brasil.
O sistema é composto por três rodovias: a Rodovia Anhanguera, a Rodovia dos Bandeirantes e a Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Atualmente, o sistema tem 316,8 quilômetros de extensão. A Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto conecta a Rodovia Anhanguera e a Rodovia dos Bandeirantes, na região de Jundiaí. O sistema percorre uma das regiões econômicas mais importantes do Brasil, conectando a cidade de São Paulo à região de Campinas. O sistema atua junto a outras rodovias, conectando grandes centros urbanos do interior norte do estado de São Paulo ao porto de Santos e arredores, bem como outras regiões importantes do estado. O sistema é um instrumento fundamental para a integração econômica e urbana dos municípios da região.
O sistema Anhanguera-Bandeirantes divide-se em duas, três ou quatro faixas em cada direção, com dez praças de pedágio, dez bases de apoio ao usuário, cinco postos de pesagem e um centro de controle operacional. De acordo com os termos do contrato de concessão da AutoBAn, a CCR fornece veículos à patrulha rodoviária na malha da AutoBAn e paga pelo combustível utilizado. A concessão da AutoBAn foi outorgada à CCR pelo período de 28 anos, até abril de 2027, pelo estado de São Paulo, representado pelo DER do estado, a ARTESP.
RodoNorte – Rodovias Integradas S.A., ou concessão da RodoNorte, cujo leilão foi vencido pela CCR em 1997, representou 7,3% da receita operacional bruta em 2019. Em termos de extensão, investimentos exigidos pela concessionária e cobrança de pedágios, o sistema rodoviário representa a maior das seis concessões do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado do Paraná. A malha possui 567,8 quilômetros de extensão.
A malha rodoviária da RodoNorte divide-se em dois trechos principais. O primeiro conecta Curitiba à Apucarana, além de conectar a capital do Paraná ao maior centro industrial e agrícola do norte do estado, onde localizam-se cidades como Londrina e Maringá. Esse trecho é a rota primária para o Porto de Paranaguá. O segundo trecho, que conecta Ponta Grossa a Jaguariaíva, segue a rota nordeste em direção a São Paulo. A malha rodoviária da RodoNorte é composta pela BR-376, entre Apucarana e São Luiz do Purunã, passando por Ponta Grossa; pela BR-277, entre São Luiz do Purunã e Curitiba; pela Rodovia PR-151, entre Jaguariaíva e Ponta Grossa; e pela BR-373 até o entroncamento com a BR-376.
No âmbito desse sistema, 208 quilômetros, ou 43%, compreendem rodovias divididas em duas faixas em cada direção, com acostamento dos dois lados; e 279,5 quilômetros, ou 57%, compreendem rodovias não divididas, com apenas uma faixa em cada direção e acostamento dos dois lados. Além disso, há estradas de acesso adjacentes às rodovias. Sob os requisitos técnicos específicos da concessão, a RodoNorte é responsável pela restauração e pela manutenção desses trechos da estrada. No total, as estradas de acesso têm 80,28 quilômetros de distância. Embora a RodoNorte, no papel de concessionária, seja responsável pela restauração, pela posterior conservação e pela manutenção periódica desses trechos das estradas de acesso, ela não é obrigada a fornecer qualquer um desses serviços, diferentemente do caso das rodovias. As estradas de acesso são rodovias não divididas, com uma faixa em cada direção e acostamento dos dois lados.
O sistema RodoNorte tem sete praças de pedágio, seis postos de pesagem, sete bases de apoio ao usuário e um centro de controle operacional. A concessão da RodoNorte foi outorgada pelo período de 24 anos, até novembro de 2021, pelo estado do Paraná, representado pelo DER-PR.
A concessão da Rodovia dos Lagos foi outorgada em 1996, tendo sido responsável por 1,2% da receita operacional bruta em 2019. A rodovia atende a Região dos Lagos, incluindo os municípios de Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, sendo um destino para moradores e turistas nacionais. A região recebe um número expressivo de turistas que utilizam as rodovias que compõem o sistema.
O sistema ViaLagos é composto por três estradas: RJ-124 – entre o km 0 (próxima ao km 265 da BR-101-Rio Bonito) e o km 30 (Araruama); a nova estrada paralela à RJ-106 – entre o km 0 (próxima ao km 30 da RJ-124) e o km 26 (próxima ao km 105 da RJ-106); e a RJ-106 – entre o km 105 e o km 109. O sistema rodoviário tem 56 quilômetros de extensão. O sistema rodoviário atualmente é composto por uma rodovia pavimentada e não dividida, com duas faixas em cada direção e acostamento dos dois lados.
O sistema possui uma praça de pedágio, dois centros de apoio ao usuário e um centro de controle operacional. A concessão expirará em janeiro de 2047, de acordo com a outorga do estado do Rio de Janeiro, representado pelo antigo DER-RJ e pela AGETRANSP.
A operação iniciou-se em 31 de abril de 1998. A ViaOeste foi responsável por 9,4% da receita operacional bruta em 2019.
O contrato de concessão da ViaOeste contempla: a Rodovia Presidente Castello Branco (SP‑280), do km 13,7 (cidade de Osasco) ao km 79,38 (cidade de Itu); a Rodovia Raposo Tavares (SP-270), do km 34 (cidade de Cotia) ao km 115,5 (cidade de Araçoiaba da Serra), com exceção dos perímetros urbanos entre o km 58,5 e o km 63 e entre o km 87,2 e o km 89,3; a Rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-075), do km 0 ao km 15; e a Rodovia Dr. Celso Charuri (SP 091/270), do km 0 ao km 6,2. A ViaOeste é responsável pela conexão entre a capital paulista e a região oeste do estado de São Paulo, com as cidades de Barueri, Osasco, Itapevi, Sorocaba e São Roque sendo as principais atendidas pela concessão.
O prazo original da concessão outorgada pelo estado de São Paulo era de 20 anos. Para tanto, em 20 de dezembro de 2006, a ViaOeste assinou um aditivo contratual com o DER-SP. Tal aditivo possibilitou o rebalanceamento econômico-financeiro do Contrato de Concessão, prorrogando-o por mais 57 meses, com vencimento em dezembro de 2022.
A RodoAnel Oeste é a empresa responsável pela administração dos 32 quilômetros do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, um importante anel rodoviário de conexão das rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes e Régis Bittencourt, pelo qual 240 mil veículos circulam todos os dias. O contrato de concessão tem prazo de 30 anos, e a cobrança de pedágio começou em 17 de dezembro de 2008. O RodoAnel foi responsável por 2,5% da receita operacional bruta em 2019.
A Concessionária RodoAnel é formada pela CCR (98,9%) e pela Encalso Construções (1,1%). Em março de 2018, o Consórcio Integração Oeste, composto pelas duas companhias, venceu a licitação pública para operar o trecho após apresentar a proposta com a menor tarifa de pedágio, de R$ 1,1684. Esse valor ficou abaixo do apresentado pelas quatro concorrentes e representou deságio de 61% em relação ao teto de R$ 3, estipulado pelo governo do estado de São Paulo para a licitação.
O RodoAnel marca a retomada do Programa de Concessões de São Paulo e representa uma das principais soluções para o tráfego na região metropolitana de São Paulo. Com o pagamento de uma outorga de R$ 2 bilhões, o estado obteve recursos suficientes para concluir a construção do trecho sul do RodoAnel, que é um eixo importante para o escoamento da produção agrícola e industrial das regiões norte e oeste de São Paulo para o Porto de Santos. A rodovia também é fundamental para diminuir o número de caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes.
Em 2008, a CPC adquiriu 40% do capital da concessionária Renovias. Atualmente, as estradas administradas pela companhia se estendem por 345,6 quilômetros, ligando a cidade de Campinas ao sul do estado de Minas Gerais. Com distribuição de 220,5 quilômetros de pistas duplas e 125,1 quilômetros de pistas simples, a malha viária faz interface com 15 cidades: Campinas, Jaguariúna, Santo Antônio de Posse, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Aguaí, Casa Branca, Mococa, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista, Águas da Prata, Vargem Grande do Sul, Itobi e São José do Rio Pardo. A Renovias foi responsável por 1,7% da receita operacional bruta em 2019.
O Contrato de concessão da Renovias foi assinado em abril de 1998 e o término das operações está previsto para junho de 2022. Desde junho de 2008, o capital social da concessionária está distribuído da seguinte forma: a Encalso detém 60% de participação acionária e o Grupo CCR detém 40%, por meio da controlada CPC.
A Concessionária da Linha 4 do Metrô de São Paulo S.A., cujo capital social está distribuído entre o Grupo CCR (75%) a Montgomery Participações S.A.(15%) e a Mitsui & Co. Ltd. (10%), detém o contrato de concessão patrocinada com o governo do estado de São Paulo para a exploração dos serviços de transporte de passageiros na Linha 4‑Amarela do Metrô de São Paulo.
A concessão tem um prazo mínimo de trinta (30) anos para a exploração do serviço de transporte de passageiros na Linha 4-Amarela, em toda a sua extensão (12,8 km), passando pelas estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz (fase 1); estações Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis, o pátio de manutenção Vila Sônia e sistemas (fase 2). A operação da linha será complementada da Vila Sônia até Taboão da Serra, utilizando-se ônibus, sem cobrança adicional de tarifa. A concessionária é responsável pela operação e manutenção da linha, além do fornecimento de trens e sistemas de sinalização e controle. A ViaQuatro foi responsável por 5,5% da receita operacional bruta em 2019.
A CCR ViaSul é a responsável, ao longo dos 30 anos de concessão, pela operação, manutenção e conservação de 473,4 quilômetros de quatro trechos rodoviários importantes para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul: as BR´s 101, 290 (Freeway), 386 e 448, além da operação do vão móvel da ponte do Guaíba (BR 290) e Túnel Morro Alto (BR 101).
A ViaSul foi responsável por 1,5% da receita operacional bruta em 2019.
A CCR ViaCosteira é a responsável, ao longo dos 30 anos de concessão pela exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias, ampliação de capacidade e manutenção do nível de serviço do Sistema Rodoviário da Rodovia BR-101/SC, entre Paulo Lopes (km 244+680) e a divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (km 465+100).
A Companhia iniciou em agosto de 2020 os trabalhos neste ativo, que teve seu contrato de concessão assinado em julho do mesmo ano.
Em abril de 2012, a CPC adquiriu 80,00% (oitenta por cento) do capital social da Barcas. A Barcas é uma concessionária de serviço público estadual que detém, até 2023 (renováveis por mais 25 anos), a concessão do direito de exploração das linhas regulares de transporte aquaviário de passageiros. Os investimentos priorizarão a recuperação da frota, aquisição de novas embarcações e reforma das estações. A Barcas foi responsável por 1,4% da receita operacional bruta em 2019.
Em junho de 2013, a Actua Assessoria S.A., controlada da CCR, assinou o contrato de concessão do VLT, pelo prazo de 25 anos a partir da data de emissão da Ordem de Início. Com a participação neste projeto, a CCR busca dar continuidade ao demonstrado interesse na exploração das oportunidades no Estado do Rio de Janeiro, bem como na promoção do seu desenvolvimento sustentável por meio da melhoria da infraestrutura de transporte. O VLT foi responsável por 0,4% da receita operacional bruta em 2019.
A implantação do VLT faz parte da estratégia do governo do Estado do Rio de Janeiro de garantir a infraestrutura de transportes adequada para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, além de beneficiar toda a população que utiliza a rede de transporte público fluminense. O VLT será ligado ao metrô, trens metropolitanos, barcas, BRT’s, rede de ônibus convencionais e ao Aeroporto Santos Dumont, contribuindo para consolidação do conceito de rede de transporte integrada.
O consórcio VLT Carioca é formado pela CIIS S.A., controlada da CCR (50,31%), Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. – Invepar (21,58%) e Odebrecht TransPort S.A. (13,47%), RIOPAR Participações S.A. (14,40%), Benito Roggio Transporte S.A. (0,22%) e RATP do Brasil Operações, Participações e Prestações de Serviços para Transporte Ltda. (0,02%).
A ViaMobilidade é a concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha-5 de metrô e da linha 17-Ouro de monotrilho de São Paulo. A concessão, que tem validade de 20 anos. Ao todo, o projeto prevê 25 estações, sendo 17 na linha 5-Lilás e 8 na linha 17-Ouro do monotrilho, totalizando 27,8 quilômetros de trilhos. A ViaMobilidade foi responsável por 3,6% da receita operacional bruta em 2019.